Durante muito tempo, o relacionamento entre empregador e empregado foi visto como uma guerra de forças.
Demorou para que este estigma perdesse força e uma nova relação se mostrasse presente, onde o empregador passou a valorizar sua força de trabalho e o empregado, por sua vez, passou a entender a importância do vínculo empregatício e dos benefícios contidos no pacote do seu salário.
Alguns fatos colocaram em xeque esta relação, como a diminuição de postos de trabalho pela automação, o que obrigou o empregador a selecionar com mais critérios as admissões e o empregado a se especializar, implicando em grandes transformações no local de trabalho e na vida dos trabalhadores.
Junto com esta realidade, diminuiu a força dos sindicatos, que por vezes estimulavam uma relação conflitante entre as partes.
Com a pandemia, a relação sofre mais um revés – por lado temos um empregador com dificuldades de sobreviver diante das restrições e, do outro, o empregado, que se vê permanentemente ameaçado pelo risco de uma demissão.
Nesta hora é muito importante que haja uma compreensão dos dois lados e se possível, uma discussão entre empregador e empregado, no sentido do que se pode fazer e até ceder, para que esta relação sobreviva diante de um panorama obscuro.