Com a crescente presença da energia solar como fonte energética no Brasil – agora como segunda maior matriz de energia –, é possível observar que a indústria de geração de energia renovável deve ter impacto ainda maior na economia do País. Exemplo dessa tendência é o surgimento dos empregos verdes, trabalhos com foco na sustentabilidade ecológica.
Desde 2012, a energia solar criou mais 479,8 mil empregos só no Brasil, além de arrecadar mais de R$22,8 bilhões aos cofres públicos e atrair mais de R$86,2 bilhões em investimentos, reduzindo a emissão de carbono num valor de quase 24 milhões de reais. Atualmente, mais de 6,5 milhões de empregos são ligados à setores ambientais, representando mais de 6% do total dos empregos no País, segundo estudo da USP.
A tendência é que esses indicadores subam conforme a demanda por produtos e serviços verdes também aumenta, uma vez que a sociedade está cada vez mais comprometida culturalmente com as pautas de combate à crise climática e ecológica e busca soluções para essas questões. Na prática, a grandíssima maioria das profissões pode ser contemplada como green jobs, desde engenharias até trabalhos administrativos.
O Global Green Skills Report 2022, estudo conduzido pelo LinkedIn, listou os cinco empregos verdes que mais contratam atualmente sendo: gerente de sustentabilidade, técnico de turbinas eólicas, consultor solar, ecologista e, por fim, especialista em saúde e segurança ambiental. É notável a valorização das habilidades verdes, que vêm sido exigidas em 10% dos anúncios de empregos desde 2021, segundo o mesmo relatório. Essas habilidades garantem que o profissional é capaz de auxiliar nas metas de sustentabilidade através de atividades econômicas.
O Brasil ocupa a sexta colocação na lista de países onde as habilidades verdes são mais aplicadas nas atividades laborais, reforçando o compromisso do mercado brasileiro com as causas sustentáveis e a implementação do ESG como alternativa às práticas que levaram à crise climática em curso.